sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


Se te pareço noturna e imperfeita

Olha-me de novo.

Porque esta noite

Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.

E era como se a água

Desejasse.

Escapar de sua casa que é o rio

E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei.

E há um tempo

Entendo que sou terra.

Há tanto tempo

Espero

Que o teu corpo de água mais fraterno

Se estenda sobre o meu.

Pastor e nauta

Olha-me de novo.

Com menos altivez.

E mais atento.»

Nenhum comentário:

Postar um comentário